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Sunday, February 7, 2010

Wildwood dancing

Wildwood dancing
Juliet Marillier
Editora: Knopf books
Livro I da série "Wildwood"



Este é já o terceiro livro que leio da autora neozelandesa Juliet Marillier, sendo que os primeiros que li dela (dois primeiros da saga da trilogia de Sevenwaters) serviram como para apalpar terreno. De facto o que mais me fascinou no livro foi a capa, quando vi o livro na FNAC fiquei tentada a trazê-lo, somente o preço impediu que o fizesse. Passados quase dois anos decidi não esperar mais e ver se as linhas tinham a mesma qualidade que a obra do Kinuko Y. Craft. Existe um paralelo de temas com a série de Sevenwaters, um estilo de marca pessoal na escrita de Marillier que notamos ao longo das várias histórias. Existe sempre uma personagem que consegue comunicar através de pensamentos e a dualidade de uma mulher e de um homem. As mulher de Juliet Marillier lutam pela independência e contra a tirania de alguns homens, mas também conseguem encontrar um homem bom capaz de as amar. A história só pode acabar quando a autora satisfizer o pedido do leitor de acabar com os maus e lançar a personagem principal nos braços do amado que protege-la-á. "Wildwood dancing" é um livro inspirado no conto das doze princesas bailarinas misturado com o conto "A princesa e o sapo". Jena e as suas irmãs Paula, Iulia, Tati e Stela costumam sair do seu quarto nos seus vestidos de baile todas as luas cheias para o Outro Reino para dançarem toda a noite com duendes e outras criaturas encantadas sob a supervisão da rainha Ileana. Com a doença do pai a agravar-se, este parte para Constanza com o objectivo de recuperar durante o Inverno, durante a sua ausência deixa todos os cargos da casa entregues a Jena e Tati, as filhas mais velhas. Após a partida do pai os acontecimentos pioram: Cezar, o primo de Jena parece cada vez mais obcecado com a vingança do seu irmão Costi, quando Jena tinha 5 anos e surge no Outro Reino a presença das criaturas da noite, muito semelhantes com vampiros. Jena sente a presença de um jovem a olhar para ela, mas evita contacto sabendo que aquelas criaturas são perigosas. Quando chegam a casa Jena nota que os baú dos dinheiros está quando esgotado e entra em pânico. Cezar age como se o pai de Jena estivesse morto e começa a controlar as irmãs tirando-lhes os dinheiros. Jena sente o comportamento do primo tornar-se cada vez mais autoritário e frio. Quando Jena e as suas irmãs entram outra vez no Outro Reino, Tati interessa-se cada vez mais por uma criatura da noite, Shadow, enquanto Jena tem uma dança com o líder das criaturas da Noite, Tadeusz, que diz que nada acontece sem um preço e que os da sua espécie são mal entendidos pelos humanos. Aterrorizada Jena sente-se também atraída, mas age de forma racional. Ao outro dia as cercas que estavam para acabar, encontram-se prontas e dá-se a morte de uma rapariga e Jena acredita que esta morte fora o pagamento do trabalho que as criaturas da noite realizaram quando terminaram as cercas. Após esta morte Cezar encontra-se cada vez pior, agindo de forma tempestuosa e irracional, enquanto Jena e as irmãs têm o cerco cada vez mais apertando tornando-se prisioneiras da sua própria casa. Jena conta sempre com o seu amigo inseparável, Gogu, um sapo que ela salvou da morte. Jena tem de salvar a irmã da morte, a sua casa da tirania do primo e lutar contra o seu amor. Comovente e também numa leitura compulsiva, Marillier afasta-se dos vampiros, aproximando-se das lendas da Transilvânia. É de facto fascinante a maneira como a escritora junta todos estes elementos, sem perder o fio à meada. Podemos contar sempre com magia e sobretudo com uma história fiel aos contos de fadas. Espero ler o "Cybele's Secret" o mais cedo possível.

Monday, January 11, 2010

O filho das sombras

O filho das sombras
2º livro de Sevenwaters
Juliet Marillier
Páginas: 464
Preço: 17€06



Após a leitura de "A filha da floresta" sabia que o segundo livro da trilogia de Sevenwaters não iria seguir o mesmo caminho narrativa que o primeiro, ou seja peguei no "Filho das sombras" com a noção que não seria mais um conto de fada adaptado. Existem semelhanças salientes entre os dois livros: a maneira pouco ortodoxa como Sorcha (F. F) encontra os bretões e a maneira como Liadan é raptada por o bando do "Homem Pintado". Ambas são curandeiras não fosse Liadan a filha de Sorcha e Red e possuem ambas o dom de comunicar com os seus irmãos sem dizer uma única palavra. Sorcha teve três filhos com Red: Sean, Liadan (irmãos gémeos) e Niahm. Já só restam três irmãos: Liam, Conor e Finbar e o equilíbrio em Sevenwaters ameaça ser quebrado. As alianças tentam ser reforçadas através dos casamentos das mulheres: Niahm após uma relação proibida com o aprendiz de druida Ciarán é forçada a casar com Fionn, filho de Uí Néill. A união apaga por completo a chama de Niahm, sofrendo a exclusão por parte da família e também do marido que a maltrata tanto verbalmente como fisicamente. Mas o amor persegue também Liadan e Eamonn, um poderoso aliado de Sevenwaters, pede-a em casamento. Liadan não se sente preparada e pede um ano para lhe dar a reposta definitiva. Famosa por ser curandeira, uma noite uma senhora pede ajuda com o filho e Liadan acede ao pedido, quando chegam a casa Liadan é raptada pelo bando do "Homem Pintado" para salvar um ferreiro, Evan. Liadan tenta tudo, contudo avisa que Evan terá de perder o braço. Habituada ao amor em sua casa, Liadan aprende como a mente de um guerreiro funciona: como a vida pode ser cruel, e como nem todos a tratam com carinho. Apesar das maneiras rudes do "Homem Pintado" Liadam apaixona-se por ele e promete que nunca mais vai ter outro homem na vida. Bran (alcunha dada por Liadan) pede-lhe para não casar com Eamonn.

Gostei mais do que o primeiro, Juliet Marillier não perdeu o jeito, continua uma grande contadora de histórias através das suas personagens e estas sofrem alterações durante a narrativa. Agora vou ter de ler o resto da saga em inglês, o que de certa maneira acho que vai fazer apreciar ainda mais a história, visto que houve coisas que me irritaram na tradução.
Comecei a ler a trilogia de Sevenwaters para ver se gostaria da escrita da autora de modo a não meter o pé na poça ao comprar o "Wildwood dancing" mas tem vindo a surpreender.

Sunday, December 20, 2009

A filha da floresta

A filha da floresta

1º livro da saga de Sevenwaters

Juliet Marillier

Editora: Bertrand

Preço: 17€06



“A filha da floresta” o primeiro livro da inicial trilogia de Sevenwaters é um livro que catapulta o leitor directamente para um mundo onde existe uma barreira entre fantasia, magia e realidade. Numa narrativa onde os contos de fadas tradicionais ganham uma nova vida, Juliet Marillier assume muitas vezes através da narradora e personagem principal Sorcha o papel de contadora de histórias. “A filha da floresta” conta a história de Sorcha, uma jovem que tem seis irmãos – Liam; Diarmird; Finbar; Conor; Padriac e Cormack - todos herdeiros de um reino em guerra com os bretões. Aliado ao facto que a mãe dos futuros herdeiros de Sevenwaters morrera no parto de Sorcha, o pai Colum encontra-se sempre ocupado em guerras para defender as fronteiras, enquanto os seus filhos são educados pelo ar livre da floresta e pelo padre Brian. Todos crescem felizes e cada um com um talento especial. A captura de um bretão irá ser a primeira grande aventura de Sorcha e Finbar que salvam o prisioneiro e tomam conta dele, mostrando Sorcha pela primeira vez como uma mulher diferente das outras da corte. O prisioneiro bretão representa o primeiro contacto que Sorcha terá de uma cultura diferente da dela, onde aprendemos várias histórias e lendas. Sorcha apesar de ainda ser uma criança demonstra um conhecimento bastante avançado na arte de curar e passa bastante tempo a cuidar do prisioneiro até que um dia os irmãos a vêm buscar a casa do padre Brian com a notícia que o pai irá casar com uma mulher – Lady Oonagh – uma bruxa que enfeitiçara Colum e aos poucos enfraquecera o reino de Sevenwaters. Os irmãos ao aperceberam-se das intenções da nova madrasta juntaram-se para a derrotar, mas o seu poder foi mais forte e transformou os irmãos de Sorcha em cisnes quando esta escapou com vida e ilesa para junto da floresta. Assustada e desorientada Sorcha pede ajuda à dama da floresta que aparece em seu auxílio e revela que para quebrar o feitiço Sorcha terá de fiar seis camisolas feitas de morugem para vestir nos seus irmãos quando estes se encontrassem com ela. Entretanto Sorcha estava proibida de falar e de contar a sua história por meio de gestos ou sinais. Sorcha dá assim inicio a sua aventura onde irá crescer aos poucos e poucos até vencer vários medos e a enfrentar vários desafios. Com um clima fantástico, mas também por vezes característico da Idade Média “a filha da floresta” conseguirá prender do inicio aos fim apesar de muitos reconhecerem a historia principal, ainda que o livro seja bom devido à parte da narrativa original. Para quem gosta de contos de fadas é um livro bastante bom, apresenta uma fantasia cuidada e até certo ponto moderada. O fim está bem construído de modo a ser lido em poucos momentos devido à emoção que transmite. Em alguns momentos fez-me recordar quando em adolescente esperava sempre que os pares românticos no fim beijassem-se depois de tanto tempo a lutarem por esse fim. Irei brevemente continuar a saga e mais tarde colocarei aqui a minha opinião. Para já deu-me uma enorme vontade de encomendar o “Wildwood dancing”.