Monday, August 31, 2009

Necrofilia


Necrofilia

Magdalena

If I could just remain laid here, I am sure my husband will drive insane for walking endlessly about to crush the floor with the weight of his steps. I can still hear the wood that once was soft, barking into my deaf ears, the doctor is climbing upstairs, he will tell me again I have to do surgery, but if only my Sebastian would know how much it hurts to accept a chance of such dimensions. I am dying… the doctor will leave empty handed saying I might regret it. There is fifty percent of chance to make it through, and another fifty tell me I’ll die. The only cure for the heart lies on a tomb stone. From this small bed to this asylum, everything belongs to me. The neat nurses come in and they graceful and patiently start talking to me about easy stuff, I do believe they think I am not in my right state of mind. How do you do? It is a lovely morning. Do you remember my name? I am Mrs. Newman, your nurse. They talk loud… very loud. I know my ear is not what it used to be, but there is no need to shriek. They give me some sedatives or whatever they are called, I barely eat anymore… just pills… and more pills. My beloved husband is always near me, he keeps writing to the local newspaper, everyday he criticizes something new. I can read his lips, it is amazing how little attention we give to other people’s body parts when they are all functioning correctly. His lips are thin. He barely opens them to speak, I can scarcely see his teeth. They are normal, he is quite normal, I never noticed his lips. The human eyes and brain always tend to focus on things… in this room my eyes always concentrate on the walls, I know by heart the furniture, the swirls, the smell… Why can’t I just die? I got used to my bed, if I have been in this bed for years, I wonder if my next bed will be my coffin…

Saturday, August 29, 2009

Outubro- mês para gastar dinheirinho


Se para muitos é um tempo de crise, este fim de 2009 e 2010 vai ser a loucura a nível de dinheiro. Vejamos:

- Concerto de Dream Theater - 30€

- O meu b'day - ou seja party for everyone (se o ano passado gastei 50€ espero que este ano seja mais baratinho)

- Livros: ainda tenho de ler bastantes hopefully a minha prenda de anos será o Coraline do Nelinho Gayman (17€ na FNAC a versão original)

- Regresso à faculdade ou seja canetinhas, caderninhos, livrinhos...

- Outono/ Inverno 2009 - o azul petróleo está na moda e os 80's também. Muito trabalhinho pela frente para ficar quentinha e evitar gripes.

- Filmes como "Ponyo-à beira do mar", "9" e se tiver para aí virada "new moon" também prometem meter um buraco na minha conta financeira

- Música: Muse, Placebo, David Fonseca... jesus já não consigo enumerar mais já estou quase a chorar com o dinheiro que se gasta em coisas, que parecem perfeitamente banais.
You're always ahead of the rest,
When I'm always on time,
You got A's on your algebra test,
I failed and they kept me behind,
I just gotta get off my chest,
That I think you're divine,
You're always ahead of the rest,
While I drag behind..
Drag - Placebo (Meds 2006)
Edit - Obrigada amor era Outubro não Outono... o que era eu sem ti! wink wink hint hint...


Thursday, August 27, 2009

Crónicas de uma gótica em Mirandela sem piscina - parte II


“Desculpe mas tem de sair, o quarto já foi alugado a outra pessoa”




“Paaaaaaai, posso tirar fotos?” passaram vinte minutos desde que saímos à pressa do acampamento, parecíamos bichinhos pequeninos, mas muito atarefados a carregar um carro (que teria de ser pequeno já que somos também bichitos pequenitos). Saímos de Mirandela (sim eu ainda estava em Mirandela) em 1 minuto… foi bastante fácil, seguimos a placa verde que dizia Porto-Bragança e depois seguimos a do Porto, e entretanto apareceu Vila Real… 150 kms até ao Porto. Isto faz-se num instante… mandar uma mensagem, mandar outra… já deve chegar… até admira ter rede aqui. Não se pode meter música no rádio porque nos montes não há nada para sintonizar, não se pode por cds porque os meus pais não gostam de Metallica, já não há cassetes… bons tempos… “paizinho vai devagar… antes chegar viva ao Porto…” “Está calada deixa-me concentrar”. A minha irmã acabou de dizer que queria ser escritora. Olhei para ela devagarinho com cara de anti-social-farta-deste-mundo, que saudades de quando era criança e podia dizer tudo o que me apetecia… eu se digo que quero ser escritora, lançam os cães, os gatos e ainda dois budas em cima de mim para eu pensar melhor. Riu e esperou pelo meu comentário, eu nem abri a boca. “Mãe estou a pensar numa história dramática”… ai Jesus “a sério amor?” … “pai olha a velocidade” “estejam caladas eu vou devagar… olhem este a dormir vou ultrapassar”…. Vamos morrer. Pensei para os meus botões (ainda que tivesse uma t-shirt preta com trinta graus lá para fora só para mostrar o quão hardcore sou): poderia fazer de conta que sou uma escritora e dizer que este monte de calhaus, numa terra onde não há shoppings e as lojas levam por uma saia 50€, inspiram-me. São pedras, bastantes pedras, no meio de algo verde com um cheiro enjoativo a azeite e azeitonas. Senti-me mais enjoada que inspirada. Chegamos a Vila Real… óptimo a partir daqui mais meia hora e estamos na civilização. Entramos na Auto-estrada, velocidade máxima 120km/h “mãe já sei como vai ser a minha história dramática!” “Ai que horror”… “ Pai… estamos quase a chegar” “Ai que saudades do Porto… olha era por aqui que o…”

Tuesday, August 25, 2009

Crónicas de uma gótica em Mirandela sem piscina - parte I

Quando me avisaram que íamos para Mirandela pensei que de todos os sítios de Portugal onde a comida é tão boa, tinhamos de ir para a terra das alheiras (comida que não suporto), mas o facto de o local para onde íamos ter piscina foi satisfatório o suficiente para me calar, fazer as malas e despedir-me do Porto (como é que esta gente sobrevive longe do Porto???). A viagem não foi tão aborrecida, estrada boa = pagar; estrada má = borla. À ida de volta lembrem-me de gamar a câmara ao meu pai para fotografar o percurso de volta. Não quero entrar em detalhes poéticos até porque Mirandela em tudo me faz lembrar o Alentejo (visitei o Alentejo quando tinha 12 anos e ainda me lembro da vista, já que a única coisa que valeu a pena foi mesmo o tempo de Évora). Os campos, para além de estarem repletos de oliveiras e outras àrvores engraçadas, cujo nome me escapa devido á maldita cidade, possuem uma beleza bastante triste, que para alguns nem beleza é. Quando chegamos a Vila Real pensei: isto não pode ser cidade... Porto é uma cidade, Gaia é cidade e tem no mínimo 10 shoppings, 5 hospitais, e gente, que mais parece formigas de um lado para o outro. Vila Real tinha uma indicação para um hospital (pensei: óptimo já não morremos sem médicos) e nada mais. casas muitas casinhas, prédios... mas nada mais. Continuamos pela IP4 (God the heat) até que vimos "Mirandela 50km"... mais??? Depois de quase 90 km ainda tinhamos uns 50 pela frente. Estradas péssimas, curvas apertadas... com o meu espírito optimista pensava 'ainda vamos cair daqui a baixo.... vai devagar paizinho' Um carro com um homem e três mulheres é um inferno. Noto isso quando estou com o meu namorado 'Amor... vai devagar... amor... olha a velocidade...' e eu que gosto de velocidades... faz parte da praxe de ser mulher. E por falar em ser mulher, há algo que me faz profundamente querer ser homem. Tal como quando nos dizem que os bebés vêm numa cegonha, quando dizem que nos tornamos mulheres por uma coisa que vem todos os meses (homens podem parar de ler), se soubesse que não ia ser tão maravilhoso como se anuncia ('ai que lindo já és uma mulher'.... '.... as dores.... Gott'), se soubesse que não era tão engraçado como se ensina nas escolas, já teria feito uma operação para tornar homem e viraria gay (meu Deus mais uma família que ia ficar destruída blah blah blah). Há sempre qualquer coisa que me impede de ir de férias: não é o dinheiro (graças a Deus), não é a saúde (graças a Deus), não é o trabalho (eu sou malandra) é aquelas coisinhas queridas que vêm todos os meses às mulheres... e aqui estou. Em Mirandela, terra da alheira (odeio alheiras), sem piscina, com um calor insuportável e contorcer de dores... momento perfeito para cortar os pulsos e dizer frases como 'the world hates me'. Mas Mirandela tem muito mais que se diga do que as oliveiras, a terrível IP4 e as alheiras... tem duas rotundas e algo que ainda não descobri... vi uma placa a dizer 'centro histórico' pensei 'posso pedir para irmos lá, mas se for como o templo de Diana em Évora, mais vale ficar quietinha antes que me lixem a cabeça'. Tenho a cãmara fotográfica pronta a usar e 5 fotos comigo e com a minha família em roupas impróprias, prontas a nunca serem divulgadas no hi5.
Ainda me pergunto: tem de haver aqui uma FNAC.... uma Betrand... qualquer coisa... ainda só comprei duas sabrinas na New Code (única loja de roupa que encontrei) e espero vir a encontrar mais. Pelo menos uma FNAC ;__; será pedir muito. Sem acrescentar muito mais, digo que vale a pena para pessoas que gostem da Natureza e de aventuras. Para quem não gostar... fique em casa que se está muito bem.

Sunday, August 23, 2009

Lê-se mais, mas melhor?


Após ter lido a entrevista da escritora portuguesa Alice Vieira na revista do Jornal de Notícias (among other things) deparei-me (OUTRA VEZ) com a discussão de que "nunca foi tão fácil publicar um livro"... eu paro e penso: (vou tentar deixar os clássicos de lado) se hoje em dia, nem que seja através de publicações próprias ou online, como é que os leitores devem-se sentir ao verem-se entulhados de títulos, sinopses, nomes que a certo dia já não lhe dizem nada: "Conheces o fulano tal?"... "não, porque?" "Ah publicou um livro..." sim e? O facto de ser mais fácil de publicar livros (kinda ironic since ainda há uma certa ponta de sorte na escolha de publicação) faz com que haja dois problemas:
  • As hipóteses de EU publicar um livro são agora 100% maiores do que nos anos 30... 40... 50... 60... (calma eu não vou regressar ao passado)


  • No entanto como agora existe um publico bem mais abragente, as livrarias são invadidas por livros good e por livros "not so good"

Contudo não se deve pensar que é o fim do mundo da literatura (não senhora... estamos quase, ainda falta uns aninhos), mas estas coisas devem ser cíclicas, lembrem-se quantos livros também foram publicados antigamente (quando digo antigamente digo séculos, não anos) e quantos chegaram aos dias de hoje. Na verdade o problema da literatura pouco... "erudita" não está no facto de falta de profundidade. É verdade que muitas pessoas quando lêm um Nicholas Sparks, depois de lerem outro e outro já não tem pachorra para mais, no entanto digamos que Nicholas Sparks é assim um autor para mulher que gostem de telenovelas brasileiras e como lás nos States não devem ter isso, divertem-se a lerem os livros. O que acho que está profundamente errado é o facto de pessoas já adultas lerem livros que supostamente teriam interesse para jovens e acharem "uma obra de arte" mete-me um bocado de confusão. É como ir ver aqueles filmes para "teenagers" onde toda a gente já sabe como vai acabar mas mesmo assim ainda vamos ver, porque hey algum há-de ser bom. O mesmo se passa com a literatura hoje em dia: lemos muito, mas para chegarmos a uma obra mesmo boa precisamos de ler 30 maus. (sim estou a exagerar e ainda bem, meter paninhos quentes não ajuda)

Acho, que em 1º lugar uma boa educação nos jovens a nível literário é fundamental. No tempo em que eu andava no secundário já havia Harry Potter e esse sensacionalismo todo. Admito a minha prima lia bem mais livros que eu, se bem me lembro ela lia Marion Zimmer Bradley e outras coisas... e eu lá lia um livrito por ano para fazer a vontade à minha mãe que dizia sempre 'Tens que ler não podes estar enfiada o ano todo em frente da Playstation" (bons tempos minha gente) Por acaso era a minha mãe que me escolhia os livros dizia sempre 'olha quando tinha a tua idade gostei muito deste', e eu lá lia até que, à medida que ia crescendo ia dando livros cada vez mais fortes. Estupidamente gostava daqueles que eram mais fortes ou daqueles que não percebia nada (se não percebo é porque sou burrinha ou ainda não atingi maturidade)... identifiquei-me com Florbela Espanca aos 14 (raio de idade para se ler aquilo) e ainda no outro dia a minha mãe disse que isso quase se tornou uma obsessão para mim (é verdade, é verdade) Mas isto tudo para chegar ao fundo da questão: os pais ou até mesmo os professores incitam à leitura? Bem sei que lemos bastante quando somos pequeninos: as fábulas, os contos, ainda me lembro de muitas histórias que lia quando era piquena, mas apartir daí foi-se tudo. As hormonas não deixavam ler, achava que todos os clássicos eram irritantes, uma colega nossa leu "Romeu & Julieta" admitiu que era "uma seca". Sei que há diferentes livros para diferentes idades, mas não será que os professores (já que duvido que muitos pais façam iniciativas à leitura) tem um papel fundamental na formação de novos jovens leitores? Nunca nenhum professor me disse para ler o Alice in Wonderland, ou até mesmo no 10º teria venerado Edgar Allan Poe. Verdade seja dita que li bastante no meu 12º e isso viu-se nos resultados de algumas notas, mas quando agora ando a ler aos 20 livros por ano, cada vez que leio mal penso 'se eu não tivesse entrado na faculdade a esta hora não estava a ler isto'.

Isto tudo implica uma profunda reflexão com uma solução nunca à vista. Acho que tem de partir dos próprios escritores (que sejamos sinceros muitos escrevem para vender, não me venham com histórias) e dos próprios leitores que deveriam ser mais exigentes. É muito cedo para fazer um balanço, mas espero quando der aulas conseguir cativar os meus alunos para lerem de tudo um pouco (tanto fantasia, como terror, como romances).

Tuesday, August 18, 2009

The strawberry song


The strawberry song:


For her birthday Molly wished
Some pineaples and strawberries
Mixed with chocolate and blueberries
to eat all she could in a single day
when everyone should be merry and gay.


Her aunt gave her some talking doll,
but Molly dind't like dolls at all!
Her mother bought some silver chain
(to attacher it to her dairy),
yet Molly only wished something plain.


At last her boyfriend came along
singing the strawberry song:
Once upon a time a silly girl
wished fruit more than the world
No grown up could grant her wish
Of presenting such a dish!

Saturday, August 15, 2009

Tender is the night

Already with thee! tender is the night,
But here there is no light,
Save what from heaven is with the breezes blown
Trough verdurous glooms and winding mossy ways.

Ode to a nightingale


The sleeping ghost, that travels at this hour,
when morning comes and the golden sphere
shines through this sorry and sour land
waving tears, with snooring like a queer
monster, shattering glasses, bashing the trees,
he sits where a sad nightingale moans,
blinded by the sunlight, blazed like the coal,
both start admiring and plotting
how could they kill the sun?

The nightingale said the sun could not be killed
"Who will rule when there shall be no life?"
"Ah my friend, tender is the night,
where there is no light
Now we can admire the dark beauty of life
While the day is no longer bright..."