Friday, February 26, 2010
Matters of sex and gender
Thursday, February 25, 2010
Decameron: Parte I
Tuesday, February 23, 2010
Herland: a utopia feminina
Sunday, February 21, 2010
Morreste-me
Saturday, February 20, 2010
Os cadernos de Dom Rigoberto
Thursday, February 18, 2010
Os (eternos) cadernos de Dom Rigoberto
Saturday, February 13, 2010
Living dead in Dallas
Friday, February 12, 2010
Livros para ler (2)
Thursday, February 11, 2010
The Hobbit
Tuesday, February 9, 2010
Nómada
Não irei adiantar muito sobre a história, mas é capaz de haver alguns spoilers depois de concluir tudo o que tenho a escrever vejo que partes omitir.
A história não é nada de especial, quem já viu filmes de ficção científica chega a achar algumas coisas demasiado ridículas (o facto de a "alma" já ter sido uma aranha, um urso, uma flor) e irá descobrir que aquilo de ficção científica tem de facto muito pouco. De facto "The host" é mais um ensaio, uma utopia banal sobre os humanos (somos frios, rudes, tempestuosos, violentos, tal como amáveis e generosos) e estas características tornam-nos tão afáveis e atraentes...
Não há muito a dizer sobre as personagens, a senhora Meyer volta a falhar um pouco nesse campo e o facto de o livro ser gigante não ajuda muito visto que já me esqueci de bastantes páginas, que provavelmente não serviam para rigorosamente nada. A Noa (não sei como está no original) é vista como uma "pessoa" perfeita (.... dejá-vou monsieur Edward?) não cede aos ímpetos da sua hospedeira Melanie e tenta sempre fazer o que está correcto; por sua vez Melanie recusa-se a ficar sem o corpo e luta com todas as suas forças. Depois temos Jared (sorry mrs. Meyer mas a personagem está tão mal construída) que se ele não dissesse "amo-te" tantas vezes a Melanie acharia que era uma personagem como outra qualquer e não o homem que está apaixonado por a humana), depois sobra-nos Ian e Jamie que desempenham um papel importante e claro Jeb. Tirando a paixoneta de Ian por Noa que só se nota para aí na página 500 e tal, acho que a senhora Meyer tentou meter o tema do amor muito à pressa e de uma maneira trapalhona.
O livro tem 800 e tal páginas (tradução) com frases por vezes completamente desnecessárias e forçadas:
- Não. Lamento, Ian.
- Este momento deveria ficar registado. .... Isso era motivo suficiente para ter fazer acordar do choque"
"Franzi o sobrolho." - de facto esta expressão escusava de ter sido reciclada tantas vezes.
"Melanie resmungou em silêncio" não é que soe mal ... mas apenas falso...
A estrutura das frases e dos diálogos são simples, vocabulário limitado à excepção de meia-dúzia de palavras, e pensamentos pouco ou nada profundos. O fim está claro é o que todos esperam quando chegarem a meio do livro, mas curioso que mesmo quando Melanie tem o seu corpo de volta desaparece - não fala quase nada - enquanto Noa continua a descrever tudo de certa maneira acho que a mrs. Meyer acabou por aniquilar uma das personagens principais de modo inconsciente remetendo-a para o silêncio... Silêncio também sempre existente em Bella, que nunca se importa com nada.
Em suma, não é um livro memorável, não vale os 20... 17... 18€ que dão por ele, e passado algumas semanas vão-se esquecer de 90% do que leram. Quem leu a saga "Twilight" passa bem sem ler este. A senhora Meyer ainda tem muito que estudar e sem dúvida auto-controlo nas páginas. Acho que deveria escrever contos para começar a fazer uma selecção quando escrevesse estas histórias que cabiam muito bem em metade.
Monday, February 8, 2010
Wishlist (1)
Sunday, February 7, 2010
Wildwood dancing
Friday, February 5, 2010
Tomb Raider: Legend
Thursday, February 4, 2010
1984: George Orwell
1984 conta a história de Winston Smith, um membro do Partido em Londres, que se revolta contra a instituição controlada pelo "Big Brother". Aliás o "Big Brother", representado através dos televisores, não controla somente a sociedade mas sim a vida próprias das pessoas, tanto a nível físico como emocional. Numa sociedade onde "Freedoom is slavery", membros do Partido controlam e alteram a linguagem e o passado diariamente, de maneira a apagar das pessoas a memória. O controlo é rigoroso e o Partido consegue controlar as massas através do medo e do terror, no entanto existe algo que ninguém consegue controlar - o pensamento e os sonhos. Também os sonhos são perigosos, seria possível, que se durante o sono um camarada dissesse algo contra o Partido, os próprios filhos denunciarem o pai. Este clima de observação, sufoco e controlo leva Winston a uma luta entre o seu cérebro e a sociedade que vive. Winston apaixona-se por Julia e ambos lutam para sobreviver o máximo tempo possível antes de serem apanhados. Ambos sabem que mais cedo ou mais tarde serão capturados pela "Thought Police", contudo vão descobrindo aos poucos que nem todos os seus amigos são de confiança, nem o "Big Brother" se existe, é indestrutível.
Uma obra-prima recomendada.
Tuesday, February 2, 2010
Sugestões de leitura (1)
As I lay dying
William Faulkner
Publicado em: 1930
Prestes a morrer, Addie a mãe de 5 filhos: Cash, Jewel, Darl, Dewey e Vardaman assiste à construção do seu caixão atrtavés da janela de sua casa. Addie Burns tem apenas um último desejo, ser enterrada na sua cidade natal e é apartir deste último desejo que dá-se inicio ao desenterrar de segredos escondidos no seio de uma família típica sulista. Jewel, o filho bastardo, eleito da mãe; e Darl, que constitui uma ameaça para toda a família, já que consegue prestar atenção aos detalhes e acaba por descobrir os segredos da maior parte das personagens. Estas duas personagens conseguem ser o suporte da narrativa, à medida que os irmãos e o pai esforçam-se por conseguir levar o corpo de Addie no caixão até Jefferson. Numa saga bíblica, com um cenário apocalíptico, o sul de Faulkner apresenta não só uma ruptura, mas também a morte de um Sul que não consegue conservar o seu passado.
The Catcher in the rye
J. D. Salinger
Publicado em: 1951
“The Catcher in the rye” conta a história de um adolescente, Holden Caulfield, na sua demanda pela verdade do mundo dominada pela falsidade, da qual Holden tenta escapar. O leitor assiste a uma luta interna e externa, onde a falsidade consegue como que esmagar Holden Caulfield.
Ao longo da narrativa Holden Caulfied através do seu estilo coloquial relata-nos a sua viagem de três dias na cidade onde há dois símbolos imprescindíveis de apontar: os patos em Central Park e o Museu de História Antiga. Para Holden as imagens estáticas ou aquelas que representam algo congelado/ eterno são as favoritas, assim como Holden também se encontra congelado na sua adolescência, repudiando o mundo adulto “phony”, a sua imensa curiosidade (chegando a ser absurda ou mesmo inquietante) sobre o paradeiro dos patos no Inverno, leva a crer que Holden preocupa-se com o que acontece quando alguém passa para o mundo dos adultos. Será que os patos mantêm-se congelados debaixo do gelo? Ou voam? Tal como os patos no Inverno, Holden fica sem casa e congelado. Sendo esta passagem natural para qualquer pessoas para Holden é uma ameaça e cabe-lhe somente proteger esse mundo “idealista” onde as coisas permanecem num estado puro. Contudo Holden ao tentar escapar à imperfeição e às falhas do mundo acaba por concluir que essas imperfeições são algo natural, na qual o mundo não seria o mesmo sem elas. Mas se Holden repudia o mundo dos adultos, há também algo de encantador e atraente. Holden tenta comportar-se como um adulto, mas a sua linguagem e o seu comportamento imaturo desacredita a sua actuação. Embora tente escapar do mundo adulto Holden terá de seguir o estilo de vida como as outras pessoas vivendo um dilema entre a atracção da vida adulta e a lealdade ao mundo inocente.
À semelhança de Jesus Cristo, Holden encontra sempre compaixão e piedade pelas pessoas. No encontro com a prostituta Sunny, Holden torna-se incapaz (mesmo que injustiçado) de se revoltar ou de ter uma reacção violenta - em vez disso Holden sucumbe à sua depressão. Para Holden Caulfied a ideia de “impurificar” uma rapariga da mesma idade que ele parece-lhe insuportável, assim sendo Holden não consegue cumprir a tarefa de se comportar devidamente como um adulto, enquanto Sunny condena a sua fraca interpretação.